4 de mai. de 2011

Olhos curados pela Graça

"Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça". (Romanos 5:20)

Quanto mais estudo a vida de Jesus, mais me convenço de que sejam quais forem as barreiras que tivermos de transpor ao tratar com pessoas "diferentes", elas não se podem comparar com o que um Deus santo - que habitava no Santíssimo Lugar, e cuja presença expelia morte de qualquer pessoa impura que se aproximasse - teve de vencer quando desceu para se juntar a nós sobre o planeta Terra.

Uma prostituta, um rico aproveitador, uma mulher endemoninhada, um soldado romano, uma mulher com hemorragia, e outra samaritana com vários maridos ficaram maravilhados porque Jesus recebeu a reputação de ser "amigo de pecadores".

Jesus tinha o poder de amar prostitutas, valentões e pessoas de caráter duvidoso, Ele foi capaz disso apenas porque via através da sujeira e da crosta da degeneração; seus olhos captavam a origem divina que está oculta por toda parte em cada homem! Primeiro, e principalmente, Ele nos dá novos olhos, olhos curados pela graça.

Quando Jesus amava uma pessoa qualquer carregada de culpa e a ajudava, via nela um filho de Deus desviado. Via um ser humano a quem seu Pai amava e por quem se entristecia por ele andar em caminhos errados. Ele o via como Deus o planejara originalmente e queria que ele fosse e, portanto, olhava, por baixo da camada superficial da sujeira e da imundície, para o verdadeiro homem. Jesus não identificava a pessoa com o seu pecado, antes via nesse pecado alguma coisa estranha, alguma coisa que realmente não fazia parte da pessoa, alguma coisa que simplesmente a acorrentava e a dominava e da qual Ele a libertaria e a traria de volta para o seu verdadeiro eu. Jesus foi capaz de amar os homens porque Ele os amava da maneira certa através da camada de lama.

De alguma forma, todos nós somos abominações para Deus - Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus - e, de alguma forma, contra toda razão, Deus nos ama assim mesmo. A graça declara que ainda somos o orgulho e a alegria de Deus.

Todos nós na igreja precisamos de "olhos curados pela graça" para ver o potencial nos outros para a mesma graça que Deus tão prodigamente nos concedeu. "Amar uma pessoa, significa vê-la exatamente como Deus pretendia que ela fosse".

Pense nisso.

"A Bíblia não diz que devemos amar a todos? Ah! a Bíblia! Para dizer a verdade, ela diz uma porção de coisas, mas ninguém nunca pensa em colocá-las em prática."
(Harriet Beecher Stowe, em A Cabana do Pai Tomás)

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